sábado, 11 de abril de 2015




O Betta Splendens, assim como todos os peixes de cativeiro, está sujeito à uma série de doenças, principalmente transmissíveis. Por isso todo criador deve ter em mente que o maior aliado da saúde do betta é a higiene preventiva. Por que é mais fácil evitar doenças do que curá-las.
Prevenção / Profilaxia
A prevenção é a melhor maneira de evitar doenças.
Regra : Não se usa preventivo em peixes saudáveis
(Colocar uma gotinha de anti-fungo pra peixe não ficar doente é estupidez!)
Quarentena
A primeira de todas as medidas profiláticas é fazer a quarentena de peixes e plantas adquiridos. Os peixes e as plantas devem ser primeiramente desinfetados numa solução de permanganato de potássio(eu uso labcon clean). Depois, os peixes devem ser colocados num aquário de isolamento por um período de 28 dias e só então colocado no aquário. Caso não tenha apresentado nenhum sintoma de doença.
Desinfecção
 Outra questão importante é a desinfecção de aquários e redes. As redes podem ser desinfetadas com em uma solução de água/cloro numa proporção de 20/1(vinte partes de água por uma parte de cloro.), por um período de uma hora. Depois deste processo a rede deve ser bem enxaguada afim de retirar qualquer resíduo de cloro.
 Aquários e betteiras devem ser desinfetados usando o mesmo processo descrito acima. No entanto antes de serem reutilizados devem ficar expostos ao sol, numa solução de água(sem cloro) e sal grosso(1colhe de sopa/L). Afim de eliminar qualquer resíduo de cloro que possa ter sido absorvido pelo silicone.
DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS E OUTROS PARASITAS
Protozoários são pequenos seres formados por uma única célula. Podem apresentar duas fases no seu ciclo de vida: a forma de cistos e a forma livre-natante. Na maioria das vezes eles se manifestam quando ocorre uma queda brusca na temperatura da água.
Ictiofitiríase
Nomes comuns: Íctio ou Doença dos Pontos Brancos (Matador de alevinos Nº1)
 É causada pelo protozoário Ichthyophthyrius multifiliis, que normalmente se manifesta quando os peixes são submetidos a quedas bruscas de temperatura. No estágio inicial da infestação o peixe se esfrega no fundo e nos objetos de decoração do aquário. As nadadeiras ficam mais fechadas, ocorre perda de apetite e a respiração se torna ofegante. Surgem então pequenos pontos brancos espalhados por toda a superfície do corpo e nadadeiras. Este ectoparasita apresenta um ciclo evolutivo onde os indivíduos alojados sob a epiderme do peixe (trofozoítos) evoluem até alcançar a maturidade. Posteriormente abandonam o corpo do peixe para se alojar no fundo e/ou se fixar nos objetos do aquário e assim iniciar um processo de reprodução através de várias divisões. Um indivíduo maduro gera milhares de novos indivíduos (tomitos), os quais evoluem para uma forma livre nadante (terontes), forma infestante da doença.
Todos os medicamentos destinados ao combate deste ectoparasita somente conseguem eliminá-lo quando este encontra-se na fase livre nadante, ou seja, na fase de teronte. Portanto, para se erradicar esta parasitose do aquário é preciso que o medicamento esteja ativo durante todo o ciclo de vida do parasita, para combatê-lo quando este estiver na fase de teronte.
Um detalhe importante é que a velocidade deste ciclo é extremamente influenciada pela temperatura. Enquanto um ciclo de vida se completa em 35 dias a 10 ºC, este mesmo ciclo terá duração de 2 dias se a água for mantida a 27 ºC.
Quando a água atinge 32 ºC a reprodução do parasita é prejudicada. Aqui está então um recurso de manejo aplicável durante o tratamento da ictiofitiríase. A elevação da temperatura para a faixa compreendida entre 30 e 32 ºC, aumenta a eficiência dos medicamentos levando ao desaparecimento dos sintomas de forma mais rápida.
Tratamento: Temperatura em 30/32º e uso de parasiticida.
Oodiniose
Nome comum: Doença do Veludo. (Matador de alevinos Nº2)
Causada pelo protozoário Oodinium pilullaris. Este protozoário também costuma se manifestar quando ocorrem quedas bruscas de temperatura. Falta de apetite, emagrecimento, respiração ofegante, perda de equilíbrio e numerosos pontinhos dourados conferindo ao peixe uma aparência aveludada, são os principais sintomas desta doença. Ela é muito contagiosa e espalha-se rapidamente no aquário. Seu ciclo de vida é semelhante ao do protozoário causador do Íctio. É comum constatar sintomas de asfixia nos peixes infectados.
Tratamento: Parasiticida associado com fungicida.
Costiose
Nome comum: Costia.
Pode ser causada pelos protozoários Ichthyobodo sp. (Costia sp.), Chilodonella sp., Cylochaeta sp. e Brooklynella sp. entre outros. Os peixes apresentam o corpo com aspecto esbranquiçado ou nebuloso, falta de apetite e presença de ramificações vermelhas nas nadadeiras.
Tratamento: Parasiticida associado com fungicida.
Olhos Embaçados ou Dactylogirose
Causada pelos trematodos monogenéticos Dactylogirus sp. e Gyrodactylus sp. Os peixes apresentam os olhos cobertos com uma espécie de névoa, inchaço das brânquias, respiração ofegante, falta de apetite e outros sintomas associados às infecções por fungos ou bactérias.
Tratamento: Parasiticida associado com fungicida.
DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS
Olhos Inchados (Pop-eye)
Os olhos apresentam-se inchados e com o aspecto "saltado" e fosco. É uma doença causada pela má qualidade da água. Não é uma doença fatal, nem contagiosa e é de fácil tratamento. Ocasionalmente o peixe pode perder o olho afetado.

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